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Jogos corporativos não têm começo, meio ou fim

Jogos corporativos não têm começo, meio ou fim

Profissionais que pensam de forma infinita pensam na própria carreira com uma causa, pois apenas uma meta ou objetivo não são suficientes para entrar num jogo permanente

Existem alguns jogos conhecidos como “infinitos” que não possuem um fim definido, pois oferecem uma experiência contínua e em constante expansão. Esses jogos geralmente são de mundo aberto e permitem que os jogadores explorem e interajam com o ambiente de maneiras diversas, como o Minecraft, voltado para a construção e sobrevivência, onde os jogadores podem explorar um mundo gerado de forma procedural, ou seja, itens e mapas são gerados de forma aleatória para desafiar a criatividade do jogador em suas próprias estruturas e aventuras.

Nos jogos infinitos, existem algumas regras, muitos jogadores conhecidos e desconhecidos, com diversos movimentos inesperados, e com isso, vencer significa permanecer no jogo pelo maior tempo possível. Diferente dos jogos finitos, como xadrez e esportes, que possuem definições e regras claras, jogadores conhecidos e vence quem pontuar melhor no menor espaço de tempo. No livro “Jogos Finitos e Infinitos”, o autor Dr. James Carse apresenta esta abordagem e como este conceito é aplicável nos negócios, na vida familiar, no trabalho, nos estudos, entre outros.

Em um jogo sem fim, os participantes devem tomar decisões continuamente, considerando as decisões anteriores dos outros jogadores e como elas afetam o rumo do jogo. Essa repetição de interações gera um histórico de decisões e resultados, o que pode influenciar as escolhas futuras, como a prática das empresas.

Um dos principais objetivos da teoria dos jogos infinitos é encontrar estratégias que produzam resultados estáveis e equilibrados ao longo do tempo. Para isso, os jogadores são treinados para se adaptar a diversas situações e se antecipar em relação aos movimentos dos adversários.

Profissionais que pensam de forma infinita pensam na própria carreira com uma causa, pois apenas uma meta ou objetivo não são suficientes para entrar num jogo permanente. E mais do que uma iniciativa pessoal, o conceito do jogo infinito deve fazer parte da cultura da empresa. Trabalhar num ambiente seguro com times de confiança, ajuda muito a evitar problemas por falta de conhecimento ou experiência. Neste contexto, todos são transparentes, colaborativos e juntos alcançarão melhor performance. Estudar o adversário coloca a equipe um passo à frente, e esta prática já se provou ser muito eficiente para vencer um maior número de partidas.

Também é fundamental ter uma postura flexível para uma rápida adaptação às surpresas do mercado e encorajar debates e negociação entre as equipes. Afinal, ninguém quer jogar em um time no qual os jogadores seguem seus líderes cegamente, mesmo que isso os leve ao fracasso.

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