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Demissão executiva: uma realidade incontornável e estratégias para recolocação profissional

Demissão executiva: uma realidade incontornável e estratégias para recolocação profissional

Estratégias de resiliência e honestidade para executivos em transição de carreira

A demissão é uma realidade que não poupa ninguém, incluindo executivos no topo da hierarquia corporativa. Marcus Giorgi, sócio da EXEC, uma empresa especializada na seleção e desenvolvimento de altos executivos, oferece uma visão esclarecedora sobre o tema, ressaltando a necessidade de honestidade durante o processo de busca por novas oportunidades profissionais.

De acordo com um estudo realizado pelo grupo MPS, que envolveu mil gestores, aproximadamente um terço já enfrentou o desafio de uma demissão. As causas variam desde resultados insatisfatórios até mudanças na liderança e recessões econômicas. Adicionalmente, situações como fusões e aquisições ou mudanças no alto comando frequentemente resultam na substituição de executivos, introduzindo novos líderes alinhados com a visão da nova gestão.

No contexto dessas transições, um dos principais desafios para os executivos é explicar as circunstâncias de sua saída para recrutadores e empresas durante novos processos seletivos. Giorgi enfatiza a importância de uma comunicação transparente. Segundo ele, é fundamental que os executivos sejam honestos sobre os motivos de suas demissões, mesmo que isso envolva admitir erros ou reconhecer decisões estratégicas que não se mostraram eficazes.

A abordagem de Giorgi para avaliar candidatos inclui não apenas a entrevista direta, mas também uma extensa checagem de referências com antigos colegas e subordinados. Este processo permite uma compreensão mais profunda do contexto profissional do candidato e dos desafios enfrentados, capacitando a EXEC a oferecer insights valiosos para as empresas que estão contratando.

Além de preparar um discurso bem fundamentado sobre a saída de empresas anteriores, Giorgi aconselha os executivos a demonstrarem resiliência e inteligência emocional. Ele destaca a importância de não criticar antigos empregadores durante entrevistas, pois tais comentários podem refletir negativamente no profissional.

Giorgi também trata de casos mais delicados, como demissões relacionadas a problemas de compliance ou escândalos. Nestas situações, ele sugere que os executivos considerem uma mudança de setor ou uma pausa para refletir sobre o próximo passo em suas carreiras, evitando assim prejudicar sua reputação e possibilidades futuras de emprego.

No ambiente corporativo atual, caracterizado por uma constante busca por resultados, a demissão pode acontecer a qualquer momento, tornando crucial a preparação e o planejamento para enfrentar tal eventualidade. A perspectiva de Giorgi não apenas ilumina a realidade das demissões executivas, mas também fornece estratégias valiosas para lidar com esse difícil aspecto da vida profissional.

A honestidade, o planejamento estratégico e a inteligência emocional são, portanto, essenciais para os executivos que buscam não apenas superar o desafio da demissão, mas também se destacar em futuras oportunidades profissionais, transformando obstáculos em degraus para o sucesso subsequente.

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