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Setembro Amarelo: quais ações a sua empresa pode desenvolver?

Setembro Amarelo: quais ações a sua empresa pode desenvolver?

Segundo dados da Associação Brasileira de Psiquiatria, 14 mil suicídios são registrados  anualmente no Brasil e mais de um milhão no mundo todo.

O Setembro Amarelo é uma campanha de valorização à vida e combate ao suicídio promovida no Brasil desde 2014, em alusão ao Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, celebrado no dia 10 de setembro.

Segundo dados da Associação Brasileira de Psiquiatria, 14 mil suicídios são registrados anualmente no Brasil e mais de um milhão no mundo todo. Contudo, dados apresentados na Câmara dos Deputados em 2021 mostram um panorama ainda mais alarmante.

Para cada suicídio registrado, são estimadas outras 20 tentativas não concretizadas.

Quando uma pessoa decide tirar a própria vida, é porque não aguenta mais viver em sofrimento e já não consegue encontrar outra forma de sair da situação que está levando.

Mas é preciso entender que para chegar a esse ponto, na maior parte das vezes, a pessoa tem a percepção da realidade alterada, o que interfere na sua busca por alternativas.

Em 96,8% dos casos, o suicídio é consequência de um transtorno psiquiátrico não diagnosticado, não tratado ou tratado de forma inadequada. Dessa maneira, quando um trabalhador passa por um momento de dificuldade, o ambiente de trabalho também pode ser um local de ajuda e acolhimento.

Neste texto, vamos falar sobre algumas orientações sobre como estar atento para situações de alerta e ideias para o Setembro Amarelo da sua empresa. Acompanhe!

1. Não trate o Setembro Amarelo e a saúde mental com estigmas
Quando um assunto é visto com preconceito, é normal que seja silenciado e evitado ao máximo. É isso o que acontece com o suicício e com os transtornos mentais.

O estigma sobre a saúde mental, além de dificultar o acesso à informação e impossibilitar o diagnóstico correto, repercute também no tratamento que deve ser realizado com pessoas já diagnosticadas.

Ansiedade, depressão, transtorno bipolar, transtorno obsessivo compulsivo etc. exigem acompanhamento profissional frequente.

É nesse espaço que as empresas desempenham um papel importante.

Quando as empresas ampliam o acesso à informação e ao conhecimento do tema para os colaboradores e as lideranças, influenciam positivamente na decisão de procurar ajuda ou dar continuidade a tratamentos adequados.

Ações como essa podem fazer toda a diferença.

2. Faça da sua empresa um ambiente acolhedor para a saúde mental dos trabalhadores
Ao longo da vida, as pessoas passam grande parte do tempo em seus empregos e é de extrema relevância que esse ambiente exerça um papel positivo em sua saúde.

Os brasileiros trabalham, em média, 1.737 horas por ano. Isso equivale a 20% do tempo total de vida. Em contrapartida, no Brasil, 84% dos trabalhadores consideram que suas empresas precisam fazer mais para proteger sua saúde mental.

Com a elaboração de estratégias para a qualidade de vida, o trabalho pode – e deve – contribuir para a promoção de atividades que trazem benefícios à vida dos trabalhadores. Ao fazer isso, as empresas dão um passo importante na manutenção da saúde mental, na prevenção de mortes autoprovocadas e na valorização da vida.

Assim como a campanha Setembro Amarelo deve ser revisitada ao longo de todo o ano, os cuidados com a saúde mental dos trabalhadores devem ir além, com uma mudança na cultura empresarial.

Ações como “dia da fruta” e “day off”, se isoladas, não exercem grande influência para a manutenção da saúde mental. Contudo, se combinados a espaço de relaxamento, cuidado com a pressão nas entregas, abertura de canais de diálogo sobre saúde mental e outras ações, podem ser um passo importante.

Além disso, o estímulo à execução de práticas saudáveis dentro e fora da empresa, bem como a alimentação saudável e atividades físicas, também trazem efeitos positivos para a saúde dos trabalhadores.

3. Esteja preparado caso problemas com a saúde mental dos colaboradores surjam em sua empresa
Os problemas de saúde mental – e o suicídio – podem aparecer sem dar sinais muito evidentes. Somado a isso, a falta de informações sobre o assunto dificulta ainda mais o diagnóstico, o tratamento e a prevenção.

Segundo dados da ONU, em 2019, cerca de um bilhão de pessoas viviam com algum transtorno mental. Os dados mostram que a saúde mental é um assunto que precisa ser abordado e exige a preparação dos ambientes de trabalho.

Lideranças devem ser preparadas para lidar com situações de risco, tendo a saúde mental em suas agendas desde já.

Quando uma pessoa está com a saúde mental fragilizada e se sente desamparada em sua vida pessoal, sem a assistência de amigos ou familiares, é possível que procure colegas de trabalho e até mesmo suas lideranças para tentar encontrar novas perspectivas de vida.

Nesse momento, é fundamental que o líder esteja preparado para fazer uma abordagem humanizada, respeitando as dificuldades do trabalhador e mostrando novos caminhos e soluções.

Além disso, mesmo nos casos em que os trabalhadores não procuram seus líderes, é preciso estar atento. Entre os indícios de problemas de ordem mental estão volume reduzido de entregas, irritabilidade acentuada, aparência excessiva de cansaço, entre outros.

Nesses casos, a busca pelo diálogo e a escuta ativa são essenciais para que o colaborador se sinta confortável para falar sem sofrer julgamentos. Líderes capacitados em saúde mental se tornam um fator protetivo na organização.

4. Incentive a busca por atendimento especializado em saúde mental
Historicamente, os problemas de saúde mental foram associados a fraqueza, loucura, drama ou exagero. Apesar de toda a evolução da medicina e do conhecimento produzido acerca do assunto, muitas pessoas ainda fazem essa relação.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Ibope, 30% dos entrevistados responderam que buscar ajuda profissional para resolver problemas emocionais é um sinal de fraqueza.

Para quebrar o estigma, é preciso fazer uma abordagem natural sobre o assunto. O incentivo para a procura por tratamento pode ser decisivo em momentos de crise.

Não se pode afirmar com precisão, mas é provável que, se as pessoas não tivessem medo, vergonha ou receio de procurar ajuda profissional em momentos de dificuldade, os números de mortes provocadas por suicídio no Brasil não seriam tão assustadores.

Quando amigos, familiares, colegas de trabalho e líderes falam abertamente sobre o assunto e estimulam a busca por auxílio psicológico e/ou psiquiátrico, abrem espaço para que outras pessoas se sintam mais à vontade para procurar ajuda.

Tal incentivo deve partir de todos os lados, inclusive do ambiente de trabalho. Esse é um dos principais desafios quando o assunto é saúde mental.

>>> Leia também: Atendimento em saúde mental para empresas: conheça as soluções do sesi + saúde

Uma boa conversa salva vidas: conheça a campanha de Setembro Amarelo de 2023 do sesi + saúde
Durante nossas vidas, passamos grande parte do tempo em nossos trabalhos. Neste ambiente, a boa relação com os colegas é essencial, podendo ser fator importante para a nossa saúde mental.
No dia a dia, geralmente são essas pessoas que oferecem o acolhimento que tanto precisamos, às vezes por meio de uma simples conversa.

E conversar sobre as emoções e sentimentos pode ser muito difícil. Pensando nisso, ao propor a campanha “Uma boa conversa salva vidas”, queremos levar aos trabalhadores das indústrias – e de outros setores – uma proposta que aborde o cuidado com a saúde emocional de forma leve e que não dê motivo para criar novos estigmas.

Com materiais que estimulam a conversa sobre emoções e sentimentos com aqueles que estão à nossa volta, queremos naturalizar o assunto e incentivar o cuidado com a saúde mental. Clique aqui e receba os materiais da campanha.

Vamos falar sobre suicídio e buscar juntos soluções para preveni-lo?
Serviços importantes para a prevenção de suicídio:

Centro de Valorização à Vida – 188

SAMU – 192

Procure o Centro de Atenção Psicossocial mais próximo.

Fontes: ONU, OMS, Unicef, CVV, jornal Folha de S.Paulo, Portal Câmara dos Deputados, pesquisa Oracle Retail, Associação Brasileira de Psiquiatria, pesquisas acadêmicas das universidades ULBRA e UFPel, Ibope.

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