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Desemprego cai para 6,9%; Aquino comenta

Desemprego cai para 6,9%; Aquino comenta

Economista destaca que, apesar dos bons resultados, a informalidade continua muito alta

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou na última quarta-feira (31) os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), que trouxeram uma taxa de desocupação de 6,9% no trimestre encerrado em junho (7,5 milhões de pessoas, menor número desde o trimestre finalizado em fevereiro de 2015). O resultado representa uma queda de um ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em março (7,9%, ou 8,6 milhões de pessoas).

O economista Fernando de Aquino Fonseca Neto, integrante da Comissão de Política Econômica do Cofecon, aponta que as pesquisas sobre mercado de trabalho devem ser avaliadas por duas perspectivas: o comportamento nos últimos anos e a distância em relação a países desenvolvidos. “Em relação aos últimos anos, a PNAD Contínua nos mostra bons resultados, com o desemprego caindo continuamente e a população ocupada subindo também”, analisou o economista em matéria publicada pelo portal Brasil 61. “Contudo, a informalidade continua muito alta, indicando um mercado de trabalho de pior qualidade, sem as garantias da Consolidação das Leis do Trabalho. Isso traz dificuldade spara financiar os benefícios previdenciários, tanto os correntes quanto os futuros”.

“Precisamos de investimentos que elevem a produtividade do trabalho, possibilitando remunerações mais justas”, afirma o economista Fernando de Aquino Fonseca Neto.

Já na comparação com os países desenvolvidos, a análise de Aquino é que ainda apresentamos um rendimento do trabalho baixo. O alto retorno do capital, sustentado pelas taxas de juros, faz com que as pessoas prefiram investir no mercado financeiro e não no setor real. “Precisamos de investimentos que elevem a produtividade do trabalho, possibilitando remunerações mais justas”, afirma o economista.

O texto do Brasil61 indica que o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) chegou a 38,3 milhões, marcando um novo recorde da série histórica. Este número cresceu 4,4% no ano (mais 1,6 milhão de pessoas). O número de trabalhadores informais é de 38,6% (39,3 milhões de pessoas).

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